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"Sete crisálidas azuis", 2020

Buscando  alcançar uma sintonia entre o meu transito europeu, e o ritmo solitário, no “tempo-casulo” que agora vivencio, logo me dei conta de que a vida e a arte são inseparáveis, o que me faz evocar o escritor sueco August Strindberg (1849-1912): “No fundo, é isso, a solidão: envolvermo-nos no casulo da nossa alma, fazermo-nos crisálidas e aguardamos a metamorfose, porque ela acaba sempre por chegar”. (Citação encontrada em Ensaio Sobre A Solidão, de Graça Mourão, Clube de Autores, 2009).

Anotei no meu diário, os vocábulos: solidão, casulo, crisálidas e metamorfose, tomando os galhos de jacarandá nas minhas mãos, como se fossem lagartas que se prendem pela porção posterior de seu corpo através de fios de seda para iniciar a formação da crisálida e iniciei um trabalho com fibras de algodão, acondicionando folhas entre elas, buscando alimentar os instantes que vivia, e, as lagartas fictícias.

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